Em um passo além da legalização, o governo quer também ser o único vendedor autorizado da droga, como forma de combater a criminalidade e o uso de drogas mais pesadas.
Se o projeto for aprovado, cada consumidor (somente adultos poderão ser cadastrados como tal) terá direito a comprar 40 cigarros por mês. Quem ultrapassar esse limite será enviado para centros de reabilitação para viciados em drogas.
A medida já é alvo de polêmica no Uruguai, com clínicas de reabilitação criticando a ação e com a legalização das drogas sendodebatida amplamente nas redes sociais.
Os internautas e aqueles que analisam os aspectos sociais da questão fazem piadas sobre o assunto.
A secretaria da Presidência não quis comentar o assunto, que ganhou repercussão internacional. Mas a senadora Mónica Xavier disse a uma televisão local que “o projeto deve vir agregado a outras políticas para que os jovens não consumam drogas”. Atualmente, não há leis que proíbam o uso da maconha no país.
A intenção do governo é combater o lucro do tráfico e prevenir o uso de drogas mais pesadas, como a cocaína, que afeta muitos uruguaios e está relacionada com a violência.
Especialistas, porém, argumentam que a maconha muitas vezes funciona como uma porta de entrada para outras drogas mais perigosas para a saúde.
O preço dos cigarros controlados será acessível ao público, de acordo com o projeto, e conterá um imposto adicional destinado à reabilitação de viciados em drogas.
Ao ser perguntado sobre a legalização do cultivo de maconha para consumo próprio, durante uma entrevista em maio deste ano, o presidente Mujicadisse que não era a favor da medida:
- Não sou a favor, mas não tenho autoridade moral para impedir que se cultive, já que fumei tabaco por toda a minha vida. Vou passar uma imagem de velho conservador? Mas, como tudo na vida, é preciso haver limites